Cheirosas e eficientes!

   O cheiro das flores é uma característica importante para atrair polinizadores, especialmente à noite, para animais que possuem pouco estímulo visual. As flores polinizadas por morcegos ou mariposas, que atuam durante a noite, possuem geralmente forte aroma.

     As abelhas também respondem fortemente ao estímulo do aroma e têm preferência por aquilo que para nós humanos é "perfume". De fato, muitas das flores que atraem abelhas têm aromas agradáveis, como as violetas. Devido à alta sensibilidade dos insetos ao cheiro, mesmo as flores que parecem não ter cheiro ao olfato humano, contêm suficientes quantidades de substância atraente.

 Do ponto de vista da observação humana, os aromas de plantas se dividem em duas grandes classes:

Aromas "agradáveis": As substâncias responsáveis pelos aromas são bastante voláteis, podendo ser obtidas por destilação a vapor ou extraídas das flores com éter, formando a fração dos chamados "óleos essenciais".

 Aromas "desagradáveis": Essa classe tem sido pouco estudada. Um exemplo desse tipo de aromas é o odor fétido da planta Arum maculatum (logo abaixo) e outras plantas da família das Araceae. 

     Além do ramo de perfumes, o aroma das plantas pode ser utilizado como terapia. Essa é a chamada aromaterapia, que consiste no uso de tratamento baseado no efeito que os aromas de plantas são capazes de provocar no indivíduo. Esta é a ciência que explora o uso dos oléos das plantas para beneficio da sociedade, onde é extraído o óleo essencial a ser aplicado isoladamente ou em combinação com outros aromas, dependendo das enfermidades e do indivíduo.

     Dependendo da planta, o óleo essencial terá características diferenciadas de aroma, cor e densidade. Os óleos essenciais podem ser usados diluídos sobre a pele, através de massagens, cremes, loções, gel ou puro, através da inalação. Dependendo da forma de uso provocará efeitos físicos, mentais e emocionais, alterando a respiração, os batimentos cardíacos, pressão arterial, estados de ânimo, concentração. É considerada uma terapia alternativa ou complementar, embora seja um tratamento bastante antigo, que surgiu da fitoterapia.

Isabela Gomes

Folhas Modificadas.

   Todas as plantas possuem folhas, pois são estruturas básicas e necessárias, porém algumas espécies de plantas possuem folhas modificadas às suas necessidades. Esses tipos de folhas geram uma diversidade para o reino plantae e é sobre elas que falarei hoje.
   Primeiramente é preciso saber que uma folha é o órgão fotossintetizante das plantas e essas nascem, na maioria das vezes, sobre o caule ou sobre os ramos da árvore. Ela é formada basicamente por limbo (a folha em si), pecíolo (como se fosse um mini talo que nasce do limbo) e bainha (parte "colada" do pecíolo no caule ou ramo), cada um com sua função importante e constituinte para a folha.
   As folhas modificadas ou folhas adaptadas estão diversificadas em: espinhos, catáfilos, brácteas, gavinhas, filódios e carnívoras ou insetívoras.
   Os espinhos, também chamados de acúleos, servem de proteção e muitas vezes são lignificados, ou seja quando as membranas de certas células vegetais se impregnam de lignina, tomando uma consistência lenhosa. Além dessa função de proteger, os espinhos servem também para reter a água, evitando a maior transpiração. Ex: Mandacaru e outras cactáceas.

   Os catáfilos têm como função proteger as gemas dormentes (o "botão" da planta) e essas possuem grandes reservas de nutrientes. Ex: Cebola e alho.

   As brácteas são coloridas e vistosas, cuja principal função é atrair polinizadores e elas parecem-se muito com pétalas de flores. Ex: Primavera e bougainvillea spectabilis.

   As gavinhas servem para prender a planta a um suporte, enrolando-se nele para melhor sobressair-se . Ex: Maracujá e uva.

   Os filódios são folhas onde o pecíolo alarga-se até que fique em forma de limbo exercendo as mesmas funções fotossintéticas. Ex: Acácia e bardana.

   As carnívoras ou insetívoras assumem vários aspectos, entre eles o mais comum é o ascídio, em forma de jarro, dotado ou não de tampa, cujo no interior existem glândulas que liberam enzimas digestivas capazes de digerir insetos. Ex: Sarracenia e cephalotus.

   Portanto estão ai todos os principais tipos de folhas modificadas, espero que tenham gostado e que tenha ficado claro!

Bárbara Frota.

Plantas nada conhecidas, mas bantante curiosas.

Quando pensamos em planta, logo nos vem a cabeça as mais simples, que todo mundo conhece. Porém, existem várias plantas que nem todo mundo conhece e que são bastante "estranhas" e curiosas. Agora você verá uma lista com 10 espécies de plantas relativamente estranhas e bastante curiosas, que nós selecionamos para você!

1. A Rafflesia arnoldi apresenta a maior flor do mundo, que pode crescer até um metro. A planta tem um odor semelhante ao de uma planta em decomposição, não tem folhas, caule ou raiz. Por outro lado, vive como um parasita sobre Tetrastigma, a qual se desenvolve somente nas florestas adormecidas.

Aberta:                                                            Fechada:

2. De nome Wolffia angusta, essa planta tem a menor flor do mundo. Uma dezena destas plantas caberia facilmente na cabeça de um alfinete.

3.  A Dracunculus vulgaris é uma planta que aparenta o estado de decomposição, e projeta um apêndice delgado e negro de suas flores.

 4. A Welwitschia mirabilis é uma planta rasteira, com caule lenhoso que não cresce. Tem somente duas folhas, as quais crescem bastante, podendo atingir mais de dois metros de comprimento (até que ela se apresente com uma aparência alienígena rsrsrs). O caule torna-se mais espesso do que alto e a planta pode atingir até oito metros de diâmetro.

 5. A Hydnora africana tem uma flor com cheiro podre que atrai enxames de escaravelhos.

 6. A Drakaea glyptodon tem a cor e o odor de comida crua e é polinizada por vespas macho.

7. A Wollemia nobilis tem uma casca estranha, com múltiplos troncos e folhas que crescem em espiral. Uma das caracterísitcas marcantes da Wollemia é que cada planta tem crescimento selvagem e apresenta o mesmo DNA.

8. Conhecida como Árvore Obesa, pertence ao gênero de plantas do deserto, famosa pela sua floração, por isso que é chamado rosa do deserto. As espécies de Adenium obesum só são encontradas na ilha de Socotra. De forma radical e também desproporcional, aparentemente gordurosa, característica pela qual ela ganhou o seu segundo nome.  

 9. Conhecida como Baoba, essa planta vive na África continental, em regiões insulares, como Madagascar, e uma espécie menor na Austrália. Adquire o seu formato na fase de maturidade, armazenando água em reservatórios no tronco e não têm folhas.

 10. Chamada de Mimosa Pudica, quando é tocada suas folhas se fecham imediatamente fazendo um movimento muito interessante (como pode ser visto no vídeo abaixo). Isso acontece por instinto defensivo: quando ela se sente ameaçada, por mais leve que seja o toque, ela reage dobrando suas folhas. As folhas fecham-se também quando há muito sol, quando anoitece e quando há muito vento. Assim, a planta é conhecida também como tímida ou vergonhosa.

Aí estão 10 plantas hiper curiosas e nem um pouco conhecidas. Porém, não existem apenas essas. Vale a pena pesquisar e buscar curiosidades sobre mais plantas desse tipo. Que tal comentar logo aqui abaixo outras plantas que não foram postadas? São bastante interessantes. Espero que tenham gostado!

Vanessa Xavier.

                                      

  

Plantas da Caatinga

A caatinga é um sistema ambiental exclusivamente brasileiro, ocupando cerca de 10% do território nacional. É caracterizada pelo clima semi-árido. Suas plantas são xerófilas, ou seja, habituadas ao clima seco e à pouca água. Algumas contam com recursos como espinhos para diminuir a transpiração, outras armazenam água e outras também possuem raízes superficiais para captar água da chuva. A vegetação é formada por três estratos: arbóreo, arbustivo e herbáceo. Aqui falamos do Mandacaru, uma das mais comum na caatinga cearense.

 Mandacaru

 Planta da família das cactácias, o mandacaru pode atingir até 5 metros de altura.Existe uma variedade sem espinhos, usada na alimentação de animais. A variedade comum é altamente espinhenta e também é usada na alimentação de animais, quando seus espinhos são queimados ou cortados. O mandacaru resiste a secas, mesmo das mais fortes                                        

Plantas Medicinais

Planta medicinal é uma planta que contém substâncias bioativas. Existe um grande número de plantas medicinais em todo o mundo, usadas desde tempos pré-históricos na medicina popular dos diversos povos. Ainda hoje, a medicina moderna continua buscando nas plantas o poder para curar antigos males que ainda perturbam a humanidade. Embora o uso das ervas medicinais tenha sido bastante difundo nestas últimas décadas, seu potencial poderia ser bem mais explorado. 

Aqui vão alguns exemplos dessas plantas:

Alecrim

Planta diurética,aromática, antioxidante e anti-reumática, apresentada quase sempre em forma de infusão ou em pomadas. Sua função medicinal ocorre nas folhas.

 








Boldo do Chile


Utilizada principalmente por seu efeito espasmolítico, contra os distúrbios digestivos. Seu uso contra problemas digestivos é fortemente recomendado,  pois ele age favoravelmente sobre a secreção gástrica. 












Cacau

Apresenta efeito estimulante sobre o sistema nervoso, utilizado para tratar uma depressão, mas também utilizado na prevenção de doenças cardiovasculares. Se apresenta na forma de alimento ou cápsula.

Calêndula

Utilizada como cicatrizante e antiinflamatório, principalmente contra pancadas e ferimentos. Em geral é apresentada em forma de pomada. Tem como componentes óleos essenciais, glicosídeos amargos e flavonoides.

Camomila


Utilizada em uso interno contra os espasmos e os problemas digestivos, e em uso externo como desinfetante e cicatrizante. Ela pode ser encontrada em infusão, compressas ou solução.  Tem efeitos  espasmolítico, antialérgico, antibacteriano, antifúngico, calmante e sonífero.

Lia Callou

As flores mais lindas do mundo

Coração - Sangrento

O coração-sangrento é uma planta perene, ramificada desde a base, com ramos eretos, e altura de cerca de 50 cm. S As delicadas flores são pêndulas, em formato de coração, hermafroditas, dispostas lado a lado em rácemos de 3 a 15 flores individuais. A floração ocorre na primavera e verão. A forma original apresenta pétalas externas róseas e as internas brancas. Atualmente estão disponíveis variedades de flores róseas, brancas ou avermelhadas e de folhagem alaranjada também. Sua origem vem da Ásia.

Hortência

A hortênsia é a flor símbolo do município de Gramado, conhecida cidade da serra gaúcha. É um arbusto muito florífero e rústico. Produz inflorescências em forma de buquês, compostas de muitas flores, que podem ter a cor azul, lilás, rósea, vermelha e branca conforme a variedade e o pH do substrato. Solos mais ácidos produzem flores mais azuis, enquanto que os mais alcalinos resultam em flores mais róseas. Sua origem vem da China e Japão.

Cerejeira - ornamental

A cerejeira-ornamental é uma árvore decídua, de médio porte e floraçãodecorativa, largamente utilizada no paisagismo. A árvore apresenta altura de 4 a 10 metros, com copa mais ou menos densa. As folhas surgem com uma tonalidade bronzeada, se tornam verdes e mudam para o amarelo ou vermelho no outono, antes de cair. As flores desabrocham no fim do inverno e primavera, unidas em grupos de duas a cinco em inflorescências do tipo rácemo. Elas não têm perfume e podem ser simples ou dobradas, de cor branca ou em diversas tonalidades de rosa, de acordo com a cultivar. As cerejas surgem no verão atraindo muitos passarinhos. A cerejeira-ornamental é uma árvore de beleza incomparável, que se modifica a cada estação. Sua origem é do Japão.

 Rosa

A rosa é a principal flor de corte comercial no mundo. Musa inspiradora de todas as artes, desde a pintura até a poesia, a rosa possui muitos significados em nossa cultura. Arbustiva e muito exigente em fertilidade e manejo a roseira aprecia o clima ameno. Além de flor de corte pode ser cultivada em vasos, isolada ou em grupos no jardim, formando charmosos maciços. Sua origem é da China e Japão.

Campânula

A campânula é uma planta que conquista jardineiros de todo o mundo com suas flores vistosas em forma de sino. Seu caule é ereto, alcançando cerca de 50 cm a 1 metro de altura. O período de floração é longo e compreende o final da primavera e início do verão, geralmente ocorrendo apenas no segundo ano após o plantio. Suas inflorescências são espigas eretas, com numerosas flores grandes, em forma de sino, que podem ser simples ou dobradas e nas cores azul, rosa, branca ou roxa, de acordo com a cultivar. Originada na Europa. 

Carol Maia 

Vasos condutores de seiva: Xilema e Floema.

 

 Vasos condutores de seiva são especializados na condução e na distribuição de substâncias nutritivas para as plantas. Para que isso fique mais claro, podemos comparar os vasos condutores das plantas com os vasos sanguíneos dos animais, e fazer uma ponte para compreender suas duas principais funções.

  Os transportadores dessas substâncias são o xilema e o floema, também conhecidos como vasos condutores de seiva bruta e seiva elaborada. 

  O xilema, ou seiva bruta, transporta basicamente água e sais minerais para a copa da planta. É composto por quatro tipos de células formados pelos elementos de vasos e pelos elementos traqueídos, as fibras lenhosas e o parênquima lenhoso. As células do xilema são células mortas com espessamentos de lenhina nas paredes laterais, ou seja, um  polímero encontrado nas plantas terrestres, cuja função é conferir rigidez, impermeabilidade e resistência. Junta com a celulose são as principais constituintes da madeira. As fibras lenhosas são células mortas alongadas e com celulares espessas, são responsáveis pelo transporte do xilema em si. E o parênquima possui células vivas com função de reserva. 

  O floema, ou seiva elaborada, transporta água e substâncias orgânicas vindas da copa para as raízes da planta (resultante da fotossíntese). Também é constituída por quatro tipos de células: as células do tubo crivoso, células de companhia, fibras liberinas e parênquima liberino. As células do tubo crivoso são células vivas especializadas, ligadas de ponta a ponta e com orifícios nas paredes transversais, ou seja, através desses orifícios se estabelecem entre o citoplasma e as células consecutivas uma estrutura de contato dos tubos crivosos. As células de companhia são parenquimatosas vivas e se encontram associadas ao tubo crivoso, por isso o nome. As fibras liberinas são células mortas de parede espessa com função de suporte. E para completar, o parênquima liberino é composto por células vivas de parede fina com função de reserva. 

  Bem, esses são os vasos condutores de seiva das plantas e eles só começam a aparecer propriamente ditos nas pteridófitas.

                     Bárbara Frota.